Dislexia

Tal como acontece com outros tipos de necessidades educativas especiais, aos estudantes da classe regular devem ser transmitidas informações gerais acerca da dislexia. Devido às dificuldades a nível escolar que os indivíduos enfrentam, os estudantes creem, com demasiada frequência, que estes indivíduos são lentos nos seus processos mentais. De forma a alterar tal conceção, os professores podem fazer referência a indivíduos famosos que denotaram dificuldades em ler e em escrever.  Entre os indivíduos famosos aos quais foi diagnosticado dislexia destacam-se alguns dos mais conhecidos entre as crianças: George Bush, Tom Cruise, Whoopi Goldberg, Cher, entre outros.
É necessário ter sempre em consideração a posição que um estudante disléxico ocupa na sala. Colocá-lo nas mesas da frente da sala permitirá que o professor se assegure da atenção dispensada pelo estudante, assim como permitirá que o professor confirme que o estudante compreende o que lhe está a ser ensinado. Desta forma, o professor poderá ainda distribuir ao estudante trabalho adequado a este sem que o resto da turma tenha que tomar consciência da diferença inerente.
Os professores podem entregar aos restantes estudantes da turma extratos de textos para leitura que exemplifiquem a escrita reflexo e o efeito de halo, tal como são vistos por um estudante disléxico. Quando tentam ler os referidos extratos, os estudantes compreenderão de imediato as dificuldades que alguns disléxicos têm neste campo.
Quando os estudantes têm dificuldades na leitura e em matemática, o professor nunca lhes deve dizer para se esforçarem mais, assim como nunca deve atribuir tal situação a preguiça por parte do estudante. Estes estudantes tentam já dar o seu melhor e, por essa razão, comentários deste tipo só provocarão frustração conduzindo ao eventual abandono do trabalho a realizar.
O professor nunca deve forçar um estudante disléxico a ler em público. É preferível deixá-lo seguir o texto em silêncio, enquanto os outros fazem a leitura expressiva, ou, então, permitir-lhe gravar o extrato de texto lido. Atividades complementares que sejam basicamente verbais podem eliminar grande parte da tensão que o estudante sente.
O estudante disléxico tem, com frequência, grande dificuldade em produzir trabalho escrito. O seu trabalho não deve ser comparado com aquele que é produzido pelos restantes elementos da classe. Qualquer resultado escrito deve ser elogiado, independentemente de os progressos alcançados poderem ser muito ligeiros. O professor deve ser flexível e deve permitir que o estudante grave trabalhos ou recorra a um programa de processamento de texto. Ocasionalmente, pode também organizar os trabalhos para que os restantes estudantes possam realizar as suas tarefas da mesma forma. Isto ajudará o estudante disléxico a sentir-se menos “diferente”.
O diagnóstico precoce do problema minimiza as frustrações sentidas pelos estudantes disléxicos. Estes necessitam de ser elogiados e de ter uma resposta positiva, tal como acontece com todos os restantes estudantes.