Epilepsia
A epilepsia é uma doença crónica, sinal ou sintoma de uma desordem neurológica latente. Manifesta-se sob a forma de crises convulsivas recorrentes cujo grau de intensidade e cuja duração podem variar. Estas crises resultam de alterações temporárias de uma ou mais funções cerebrais.
Segundo a Fundação Americana da Epilepsia, os indivíduos podem, por um curto espaço de tempo, sofrer alterações de consciência, de movimentos ou de ações durante o qual as células cerebrais não funcionam adequadamente. Apesar de por vezes se chamar à epilepsia uma desordem de carácter convulsivo, os termos não são sinónimos. Um indivíduo pode apresentar convulsões e não ser epilético. Os epiléticos apresentam crises convulsivas recorrentes e espontâneas.
Existem várias causas para a epilepsia pois muitos fatores podem lesar os neurónios ou o modo como estes comunicam entre si. Os mais frequentes são: traumatismos cranianos, provocando cicatrizes cerebrais; traumatismos de parto; doenças infeciosas; tumores cerebrais; tromboses; intoxicação causada por drogas; interrupção da irrigação sanguínea; ou, desequilíbrios metabólicos existentes no cérebro. As convulsões epiléticas podem também ser causadas por fatores ambientais.
As crises convulsivas podem afetar a inteligência, na medida em que, quando prolongadas, se reduz, nesse período, a oxigenação do cérebro. No entanto, os problemas a nível do funcionamento intelectual de um indivíduo com atrasos no desenvolvimento que apresenta epilepsia normalmente não são causados por esta desordem, sendo assim o resultado do atraso em causa.
Dado que existem mais de 30 tipos diferentes de crises, a “Liga Internacional contra a Epilepsia” substituiu as classificações já desatualizadas por duas categorias principais – crises parciais e generalizadas. Uma crise é considerada parcial se a atividade elétrica envolve uma área limitada do cérebro. Se na descarga elétrica está envolvido todo o cérebro, então considera-se que se registou uma crise generalizada. Cada uma destas classificações apresenta ainda subdivisões. Esta classificação, tal como é apresentada, é aceite pela comunidade médica em geral.
Quando as crises ocorrem com frequência, a ponto de interferirem com a aprendizagem escolar, são consideradas um problema de saúde, tornando-se o aluno elegível para os serviços de educação especial.